Resolvi escrever sobre esse assunto porque esse foi meu maior tormento quando vivi uma separação conjugal. As dores de uma separação são muitas, mas o medo de não ser capaz de criar bem seus filhos é muito maior. Por mais que pai se comprometa a fazer a sua parte, na maioria dos casos é a mulher a responsável pela guarda dos filhos, e isso envolve a responsabilidade de criá-los e conduzi-los na vida.
A primeira coisa que fiz quando me vi nesse cenário de desestruturação familiar foi procurar ajuda e muito, muito conhecimento. A internet deu uma enorme contribuição. Nela busquei o que pude: artigos, comentários e livros sobre filhos de pais separados. Foi maravilhoso saber que pra tudo tem um jeito; que uma parte das nossas atitudes está embasada no que sentimos dentro do nosso coração, enquanto que outra, nas experiências e conhecimentos que absorvemos na vida ou que procuramos com a situação.
Procurei ajuda de uma terapeuta infantil para avaliar se minha forma de agir facilitava o processo de condução do emocional das crianças. Nesse momento percebi o grande valor do respeito, da verdade e do amor pelas minhas filhas. Não importava o que eu estava sentindo. O maior sentimento é a compaixão e, nesse momento, compaixão pelas minhas gostosas foi o melhor remédio pra que eu erguesse minha cabeça e tomasse de volta o comando das nossas vidas. A profissional me tranqüilizou, até me parabenizou, pelas atitudes tomadas e me alertou que, a cada etapa de nossas vidas, outras situações iriam aparecer e outras atitudes e comportamentos seriam necessários.
No ponto mais crítico da situação, que foi a saída do pai delas de casa, conversei com minha filha mais velha, de sete anos. Respondi às perguntas que ela me fez, de forma clara e carinhosa, explicando, inclusive, o motivo da separação. Aproveitei para dizer-lhe que, embora estivéssemos nos separando, o pai amava-as muito e eu também as amava demais. Não importa se não tivemos bons maridos ao nosso lado, eles continuarão sendo pais de nossos filhos. Não podemos tornar nossos filhos reféns das nossas mágoas ou do insucesso de nossos relacionamentos.
Durante os seis primeiros meses, tratei o sentimento de saudade e o vazio que elas sentiam com a falta física do pai, dizendo pra elas que agora era assim e que, à hora que quisessem falar com o pai, podiam ligar pra ele. Percebei que isso as tranquilizou e que, com o passar do tempo, tudo foi ficando normal e as tristezas foram diminuindo.
Outra coisa que achei legal ter feito foi deixar claros os termos da separação, com definição da partilha dos bens, pensão alimentícia, visitação do pai, divisão do período de férias. Tudo isso foi importante para dar tranquilidade à nova situação, à nova realidade de vida.
Bem, sei que relatar tudo assim pra vocês parece muito fácil, mas saibam que não é tão difícil e que, se existir amor pelos filhos, tudo fluirá da melhor forma possível.
Hoje temos uma boa vida e uma ótima relação entre nós – quero dizer, eu, minhas filhas e meu ex-marido –, nossa relação é sociável. As mágoas ainda são muitas, e não posso dizer que já perdoei o que aconteceu, mas aprendemos a conviver educadamente; com pouco envolvimento e com muita tolerância, mas com limites definidos. Precisamos buscar a felicidade, mesmo com todas as dificuldades que temos enfrentado na vida. Isso é o mais importante.
Se você puder, nos envie suas experiências. Quero aprender muito mais para fazer o melhor por minhas filhas e por mim.
A primeira coisa que fiz quando me vi nesse cenário de desestruturação familiar foi procurar ajuda e muito, muito conhecimento. A internet deu uma enorme contribuição. Nela busquei o que pude: artigos, comentários e livros sobre filhos de pais separados. Foi maravilhoso saber que pra tudo tem um jeito; que uma parte das nossas atitudes está embasada no que sentimos dentro do nosso coração, enquanto que outra, nas experiências e conhecimentos que absorvemos na vida ou que procuramos com a situação.
Procurei ajuda de uma terapeuta infantil para avaliar se minha forma de agir facilitava o processo de condução do emocional das crianças. Nesse momento percebi o grande valor do respeito, da verdade e do amor pelas minhas filhas. Não importava o que eu estava sentindo. O maior sentimento é a compaixão e, nesse momento, compaixão pelas minhas gostosas foi o melhor remédio pra que eu erguesse minha cabeça e tomasse de volta o comando das nossas vidas. A profissional me tranqüilizou, até me parabenizou, pelas atitudes tomadas e me alertou que, a cada etapa de nossas vidas, outras situações iriam aparecer e outras atitudes e comportamentos seriam necessários.
No ponto mais crítico da situação, que foi a saída do pai delas de casa, conversei com minha filha mais velha, de sete anos. Respondi às perguntas que ela me fez, de forma clara e carinhosa, explicando, inclusive, o motivo da separação. Aproveitei para dizer-lhe que, embora estivéssemos nos separando, o pai amava-as muito e eu também as amava demais. Não importa se não tivemos bons maridos ao nosso lado, eles continuarão sendo pais de nossos filhos. Não podemos tornar nossos filhos reféns das nossas mágoas ou do insucesso de nossos relacionamentos.
Durante os seis primeiros meses, tratei o sentimento de saudade e o vazio que elas sentiam com a falta física do pai, dizendo pra elas que agora era assim e que, à hora que quisessem falar com o pai, podiam ligar pra ele. Percebei que isso as tranquilizou e que, com o passar do tempo, tudo foi ficando normal e as tristezas foram diminuindo.
Outra coisa que achei legal ter feito foi deixar claros os termos da separação, com definição da partilha dos bens, pensão alimentícia, visitação do pai, divisão do período de férias. Tudo isso foi importante para dar tranquilidade à nova situação, à nova realidade de vida.
Bem, sei que relatar tudo assim pra vocês parece muito fácil, mas saibam que não é tão difícil e que, se existir amor pelos filhos, tudo fluirá da melhor forma possível.
Hoje temos uma boa vida e uma ótima relação entre nós – quero dizer, eu, minhas filhas e meu ex-marido –, nossa relação é sociável. As mágoas ainda são muitas, e não posso dizer que já perdoei o que aconteceu, mas aprendemos a conviver educadamente; com pouco envolvimento e com muita tolerância, mas com limites definidos. Precisamos buscar a felicidade, mesmo com todas as dificuldades que temos enfrentado na vida. Isso é o mais importante.
Se você puder, nos envie suas experiências. Quero aprender muito mais para fazer o melhor por minhas filhas e por mim.
Por: Eugenia Miranda – Recife/PE
Uma separação não é fácil. Quando me separei usei meus filhos para maltratar meu ex-marido, ma depois vi que eu pagaria muito caro por isso, pois meus filhos estavam ficando com raiva de mim. Não façam o que fiz. Hoje mais madura, vejo que podemos vencer estas dificuldades com inteligência.
ResponderExcluirAmanda Pinho - Jaboatão dos Guararapes
Separação não é algo fácil. Sou filha de pais separados e vi minha mãe assumi sozinha a criação de duas filhas. Tenho muito orgulho dela, pois não senti a falta do meu pai.
ResponderExcluirNara Paola Bruno - São Bernardo dos Campos
Elis
ResponderExcluirEugenia adorei sua matéria, sei que não é fácil nem pra quem passa, nem pra quem vai conviver com um relacionamento que tenha filhos fora. Como é o meu caso que estou noiva de um rapaz que tem uma filha no seu primeiro casamento. E tenho que ser madura o suficiente pra aceitar a ligação que sempre terá com sua ex-mulher e sua filha entre nosso relacionamento.
Sou casada e tenho um filho. E como Eugênia falou, as bases da educação de uma criança tem muito a ver com o que a mãe passa para ela. Criar é difícil, mas conduzir é muito mais ainda, pois envolve a individualidade de cada ser, seja mãe, pai, filhos, avós. Eu diferencio criação de educação. Muitos conseguem criar, mas poucos conseguem educar. Esse é o grande diferencial e desafio que temos neste mundo cada vez mais diversificado e dinâmico. Já aprendi e revisei atitudes mnhas devido a reações do meu filho que apesar de ter apenas 8 anos tem um temperamento forte, decidido, que gosta de fazer as suas próprias escolhas.Ele tem ciência que tem uma vida própria. É importante que como mãe não esqueçamos disto. Principalmente em caso de separações.ENTRETANTO SEMPRE DEIXO CLARO PARA ELE QUE A CADA ESCOLHA HÁ UMA CONSEQUÊNCIA,QUE DE ACORDO COM O MOMENTO, PODE SER BENÉFICA OU MALÉFICA.O momento atual é de preparação para quando uma terceira pessoa entrar na vida de Eugênia e suas filhas, inclusive por parte do pai. Mas o tempo é resposta para tudo. Se soubermos utilizá-lo, a fruta madura será doce e agradável.
ResponderExcluirPaz & Bem!