sexta-feira, 5 de março de 2010

Uma vitrine virtual

Foi exatamente esse o meu interesse quando passei a usar um site de relacionamento: irei me expor à procura de um novo amor.
Eu sei que existem formas tradicionais que nos remetem a conhecer pessoas e nos relacionar com elas, e de forma alguma pensei em substitui o sair de casa pra um barzinho por ficar sentada defronte à internet, mas o site de relacionamento me surgiu como mais uma possibilidade, mais um canal.
Durante muito tempo só usava a internet buscando agregar conhecimento ao meu trabalho ou estudo e para enviar e responder e-mails profissionais ou pessoais. Não tava nem aí pra esses tais MSN, blogs, Twitter... Achava uma grande perda de tempo, e eu sempre tinha mais o que fazer.
Algumas mudanças em minha vida pessoal me fizeram despertar para as possibilidades que a internet poderia me dar; uma delas foi ajudar a tirar dúvidas durante um desgastante processo de separação, incluindo a parte legal, de partilha de bens e pensão alimentícia. Minha amiga internet me ajudou muito e me abriu os olhos. Achei o máximo e percebi que ela poderia ser uma grande aliada nessa nova fase da minha vida.
Mas, voltando ao site de relacionamento, fiz minha inscrição, coloquei até foto. Se era pra entrar, era pra valer. Sou assim mesmo, dona do meu nariz, e não me preocupei se encontraria alguém conhecido na rede. Como disse, estava numa vitrine para ser vista.
Dentro do site, você tanto descreve o seu perfil quanto o do tipo que procura, com parâmetros de idade, altura, cor, estado civil. Gente! Fiquei abismada com o número de pessoas casadas que buscam se relacionar com outras e me senti tão careta e tão burra por ter sido fiel ao meu marido por todo nosso casamento! A verdade é que nunca iria trair a mim mesma, mas isso é outro artigo.
O próprio sistema do site te envia alguns perfis, mas, na grande maioria, eu não gostei das indicações do sistema. Enviei algumas mensagens para alguns homens cujo perfil eu mesma selecionei – uns 40% responderam e a maioria ignorou. Também recebi alguns contatos: respondi a alguns e descartei outros.
No período de um ano recebi uns vinte contatos. Tive oportunidade de me comunicar com uns nove homens pelo MSN e de conhecer pessoalmente três (com um deles cheguei a ter uma transa maravilhosa). Acho que o saldo foi positivo.
Alguns pontos me incomodaram muito dentro do relacionamento virtual: a abordagem de alguns homens em querer e tratar você como produto, pedindo envio de foto de biquíni para analisar o corpo, foto mais próxima do rosto – e esses nem eram tão bonitos –; outros, com uma carência sexual absurda, só falavam em sexo e nada mais; outros que se apaixonavam do nada, apenas pelas conversas. Você tem que se manter racional e analisar o conteúdo para não cair em fria.
Mesmo num momento absurdo de carência afetiva, a prudência é imprescindível. Não é bom mergulhar de cabeça numa relação virtual; os flertes são ótimos, colocam a gente pra cima, mas lembre-se de que é preciso mais do que isso para se envolver a fundo. Todavia é um canal maravilhoso de oportunidades que deve ser aproveitado.
Aproveite e conte-nos sua experiência com a internet. Com certeza irá ajudar muitas de nós que ainda têm medo dessa ferramenta.

Por: Tânia Batah – São Paulo/SP

Um comentário:

  1. Adoro os sites de relacionamento. Adoro fazer sexo virtual. Acho muito excitante. Quem nunca tentou esperimenta, é ótimo.

    Beatriz D'Moura - Olinda - PE

    ResponderExcluir