Mulheres, sexo, verdades e mentiras

Quando entrei na locadora, procurava um filme que pudesse me estimular a rir. Segui para a seção de comédia, mas, no caminho, na seção de filmes nacionais, vi um título que me chamou a atenção: “Mulheres, Sexo, Verdades e Mentiras”. Não é difícil imaginar o que aconteceu... a minha curiosidade sobre o assunto foi maior do que meu desejo de rir.
Levei o filme e, num sábado à noite, me vi defronte à TV assistindo-o. Na verdade é fruto de um documentário realizado e que deu origem ao filme. Pensei: por que escolhera esse filme? Respondi pra mim mesma: quero saber mais sobre mim. E o que tem as opiniões de outras mulheres com isso? Muito!
Infelizmente, durante muito tempo pensei que tudo que acontecia na minha vida só acontecia comigo e sentia vergonha em perguntar e falar sobre certos assuntos com outras pessoas, principalmente os relacionados ao SEXO.
GRANDE PORCARIA FIZ!
Passei muito tempo da minha vida dentro de um relacionamento banhado em frieza – esfriamento à base de nitrogênio (ultra-rápido) – em que o excesso de trabalho era a melhor desculpa para o fato, até que veio à tona um relacionamento extraconjugal vivido, na época, pelo meu marido. No vulgar, um par de chifres mesmo.
Mas, voltando ao filme, sexo é fisiológico, então tudo que sentimos e queremos é super normal. Sexo é necessário e muito bonito, vivido dentro de um momento onde o principal sentimento presente não é o amor e sim o desejo de dar e receber prazer.
Também identifiquei que não há uma única forma de prazer e que ele é diferente de pessoa pra pessoa. Que podemos ter prazer sexual sozinhas com a masturbação e que esta pode ser feita quando estamos sozinhas ou com o parceiro.
Entendi no filme a grande ferramenta que é a internet na construção ou destruição das relações amorosas. A internet é hoje a maior fonte de traições e também de início de novos relacionamentos pessoais.
Fiquei muito feliz em saber que ter fantasias sexuais e ter dúvidas sexuais é normal para a maioria de nós. Ufa! Depois do filme percebi que estava muito travada para o sexo, então, na primeira oportunidade que conheci uma pessoa, tive a lua-de-mel que não havia tido na vida. Fui pra cama, pra o braço do sofá, pra cômoda... com tudo, e transei tanto em 24 horas de convivência com essa pessoa (só nós dois, claro, numa casa de praia)! Demos quatro trepadas bem degustadas por todos os nossos cinco sentidos.
Foi lindo demais!!!
Sempre soube que eu gostava de sexo, mas depois de um relacionamento de 14 anos e um casamento quase morto, com transas rápidas e esporádicas, vivi uma relação sexual intensa que, apesar de maravilhosa, não dou nota 10, pois ainda quero degustar muito mais o sexo para avaliar qual a nota que essa relação teve em minha vida.
Só para matar a curiosidade de vocês, não estou mais com a pessoa que me levou ao êxtase sexual. Como eu disse antes, foi tão intenso o prazer, mas os laços afetivos eram bem frágeis. Mas isso não importa, vivemos um maravilhoso momento juntos e isso é o que realmente importa.
Veja ou não o filme, o que importa é libertar a mulher linda, faminta por novas experiências, que existe dentro de você, com marido, noivo, namorado ou até com um quase namorado, quase amigo ou quase conhecido, não importa. Faça muito sexo, é maravilhoso praticar.
Caso você já seja fiel praticante do sexo, envie-nos suas verdades e mentiras sobre o assunto. Estamos sedentas por novas experiências.

Por: Sula Mendes – Professora, São Paulo