sexta-feira, 5 de março de 2010

Quando a inveja está dentro de nosso lar

“Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros”.
Essa é uma passagem da Bíblia, mais precisamente, Gálatas 5:26. Ela se refere a um sentimento que muitas vezes está presente em nossas vidas: a inveja. Como se apresenta de várias formas, às vezes nem sentimos sua presença. Em uma sociedade cada vez mais capitalista, consumista e preocupada com o “TER”, muitas vezes esquecendo-se do “SER”, termina sendo até normal.
Quantas vezes nos pegamos pensando em ter um objeto. Mas isso é consumismo, não é? E se o objeto tiver dono? Até pode ser inveja. Então nós trabalhamos e compramos. Pronto, resolvido. Mas, e quando ele muda de cara, digo, quando o desejo do material sai de cena e o imaterial assume o lugar? O imaterial a que me refiro é, justamente, as características de cada pessoa. Cada um tem um jeito, seja descontraído ou sisudo; temos nossa personalidade. Então surgem frases do tipo: “Queria ser igual ao fulano” ou “Serei melhor que ele”. Nós todos temos ambições na vida. Uns mais, outros menos. Super normal. Mas quando a pessoa deixa de olhar para a própria vida para olhar e querer a vida do outro, aí mora o perigo. A pessoa que passa a invejar tudo e todos perde a oportunidade de viver, de curtir o que a vida traz de melhor. Deixa de enxergar a beleza das pessoas.
Veja o caso da personagem Isabel, na novela Viver a Vida, da Rede Globo, interpretada pela atriz curitibana Adriana Birolli. Ela sente inveja da irmã Luciana, interpretado por Alinne Morais, porque todos, em especial a mãe, acham Luciana mais bonita, alegre, carismática e outros tantos bons adjetivos. Ela, por sua vez, deixa de ver sua própria beleza e se vinga usando palavras cruéis e atitudes agressivas.
Essa situação entre irmãos acontece em todas as casas. Só que, muitas vezes, são ciúmes, coisas bobas. Não se deve estimular a competitividade entre irmãos, pois eles podem ficar como as personagens da novela. Acredito que irmãos são para dividir, compartilhar, amar uns aos outros, e não competir para ver quem tem mais atenção dos pais, quem tem o melhor carro, e brigar por qualquer besteira.
Portanto, mulheres que lerem esse texto, principalmente se tiverem filhos, não estimulem a competitividade, mas sim o companheirismo. Mas se você não tiver filhos, faça igual a mim, não brigue com seus irmãos, divida e aproveite a vida junto com eles.

Por: Patrícia Stefanne – Estudante – Paulista/PE

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