sexta-feira, 2 de julho de 2010

Não queremos este CRACK

Não é novidade que o Governo Brasileiro decretou guerra ao CRACK, atualmente, a maior razão de perda de jovens em nossa sociedade. Falar de drogas é sempre delicado. Nós nunca sabemos como começar a dialogar sobre o assunto, como abordar um usuário, ajudar a encarar o problema e buscar uma solução.

Perdi um bom funcionário na minha empresa que foi comido pelo crack, ele era um rapaz de vinte e poucos anos, família simples que trabalhava na minha oficina mecânica, mas começou a mudar seu comportamento, até abandonar o emprego. Senti-me muito incapaz com aquela situação e preocupada, porque tenho filhos.

Conheci recentemente o trabalho do Teo Neves, ex-dependente químico que, numa grande vitória, conseguiu sair do mundo das drogas. Após vencer o problema, decidiu estudar e fundar um local onde outros jovens pudessem ser acolhidos e lutar contra o vício. Hoje, Teo é Coordenador Geral e Sócio da Comunidade Terapêutica Nova Aurora.

Essa comunidade Terapêutica só atende homens acima de 18 anos: “Só tem um critério para entrar na nova aurora: é querer parar de usar drogas. Nosso tratamento é voluntario”, afirma Teo. Ele diz que o tratamento para mulheres é mais complicado: “Mulheres exigem um cuidado maior, é necessário ter profissionais femininas capacitadas para cuidar delas. No momento, não as atendemos, mas é um projeto que estamos desenvolvendo”.

Teo diz que é importante ter uma ex-dependente mulher, que está longe das drogas há muito tempo, a frente da coordenação, as pessoas enxergam no exemplo a chance de sair o vício e, além disso, só é possível saber tratar um drogado quem conhece esta realidade. Existem homens que estão a mais de 12 anos sem usar drogas. Esses ex-dependentes ajudam no tratamento de pessoas em reabilitação. Mas é um fato recente as mulheres se drogarem, por isso que sem exemplos de mulheres que venceram, fica difícil tratar o sexo feminino.

As mulheres sempre foram mais comedidas com o uso das drogas, mas hoje é muito comum a presença feminina se drogando. Precisa-se estudar este comportamento para agir de forma preventiva.

Teo não acredita em tratamento misto: “Não acredito em tratamento misto, homens e mulheres se reabilitando no mesmo local, pois muitas vezes há um envolvimento afetivo que atrapalha o tratamento”.

Em Recife, a cada quatro homens que usam o crack, há três mulheres que também usam a droga. Teo afirma que o crack vicia desde a primeira vez que a pessoa consome. É uma droga pesada e que destrói não só o dependente, mas toda a família.

As características para identificar o usuário de crack podem variar de pessoa para pessoa. Mas, geralmente, apresentam alguns sintomas: perda de fome, perda de peso excessivo, a pessoa transpira muito, os olhos muito brancos e arregalados, perda do senso de responsabilidade, perda da concentração e apatia. Há uma mudança brusca de comportamento.

Se você conhece alguém que faz uso de drogas, tente convencê-la a buscar ajuda. Paciência e amor também são fundamentais, pois essas pessoas precisam de apoio, mas não substituem o trabalho de profissionais.

Se você quiser saber mais sobre a Comunidade Terapêutica Nova Aurora pode acessar o site www.ctnovaaurora.com.br

Vamos vencer esta guerra!

Colaboradora: Nilza Pontes Mello

Um comentário:

  1. Morgana Maria Fialho - BA4 de julho de 2010 às 17:19

    Estou tão preocupada com o crescente consumo do CRACK e quero registrar que todos nós temos que fazer nossa parte, denunciando e combatendo o CRACK. Por nossos filhos e por nossa sociedade.

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