sexta-feira, 2 de julho de 2010

É tudo somente sexo e amizade

Bem... passei pela experiência de ter um toy boy por acaso e sem ter noção do que estava realmente vivendo.
Aos 18 para 19 anos eu tive um namorinho de mais ou menos dois meses com um cara sete anos mais velho que eu. Lindo, malhado, de olhos verdes, corpo bronzeado, ele era o “terror da mulherada” do point mais badalado da praia e eu, uma adolescente que me achava a ultima coca-cola do deserto, me achei ainda mais gostosona de estar “namorando” o bonitão da praia.
Passados dois meses, fomos pra cama! Foi o máximo! Sem muita experiência, na época, tudo era novidade e eu fiquei LOUCA. Mas depois desse momento, o gatão sumiu. Desapareceu!
Me senti um lixo, péssima e, de gostosona, passei a me achar uma porcaria. Mas resolvi dar a volta por cima e continuei minha vidinha. Mais ou menos um ano e meio depois, encontrei o gostosão em uma loja de carros. Eu estava com mais cara e mais corpo de mulher e estava menos besta também.
Quando ele me viu, ficou doido e veio com aquele papo de todo canalha de que queria mais uma vez. Eu pensei: que boa oportunidade de me vingar!
Joguei aquele charme e fiz cara de quem estava caindo na conversa dele. Marcamos um choppinho e em seguida ele veio com a proposta: “Poxa, não quero te levar pra casa não...” Eu nem pensei, aceitei na hora. Tinha colocado uma calcinha de deixar qualquer um doido, já pensando no que iria aprontar. E fomos!
Essa noite foi inesquecível para os dois. Tive uma performance digna de prostituta experiente e a menina gostosinha mostrou que agora era uma mulher com fome de loba.
Antes que ele pegasse no sono, pedi pra ir pra casa e ele não entendeu meu pedido... Mas, me levou.
No dia seguinte, às 10h, toca o celular. Era ele! E o que eu fiz? Não atendi! Sumi, proibi o porteiro de dar qualquer informação, não aparecia mais nos bares onde poderia encontrá-lo e dei o troco na mesma moeda. Depois de umas vinte ligações sem resposta, ele desistiu. Amigas diziam que ele ficava perguntando indiretamente por mim a todo o instante, mas elas davam respostas vagas como; ela está bem, e só!
Alguns meses depois, nos encontramos em um evento e ele correu pra falar comigo com um ar de “o que foi que eu fiz?” e eu o tratei com o mesmo carinho e atenção das outras vezes, deixando ele mais intrigado.
Aí começou a brincadeira de Toy boy!
Depois de dar o troco na mesma moeda, percebi que um cara tão bom de cama não se joga fora assim, e já que eu estava às idas e vindas com meu namorado sem futuro, achei que um bom sexo não poderia fazer mal a ninguém, e fomos pra cama!
Daí em diante começamos a ficar amigos-amantes e eu dizia que nosso tema era “Então ta combinado, é quase nada, é tudo somente sexo e amizade!” E viva a Maria Betânia!
Passamos anos e anos juntos, aprendi o que sei de melhor com ele. Mas tínhamos um código de ética silencioso. Quando um dos dois estava de relacionamento sério, éramos só amigos e trocávamos ardentes e chorosas confidências, mas quando não tinha lance sério ou estávamos solteiros, fazíamos sexo com uma ardência e vontade sem igual. Ele tinha a vida dele e eu, a minha, mas pelo menos de quinze em quinze dias nos ligávamos, saíamos e terminávamos em algum motel próximo, não necessariamente nessa mesma ordem. Era uma delícia! Não tinha pudor, fazíamos TUDO. Mas quando ele me deixava em casa era como se tivesse ido para o cinema com uma amiga, nada de culpa, nem saudade.
Nossos amigos em comum saíram do nosso ciclo de amizades e não havia nenhum laço a não ser a vontade de conversar e fazer sexo ardente e sem culpa.
Certa vez ele me ligou e eu estava no salão me depilando, quando falei a palavra depilação ele ficou louco e quis ver a depilação bem de perto, esse dia foi especial. Brincadeiras, uma intimidade gostosa, uma safadeza tão naturalmente normal que não pesava em nada.
Mas os anos passaram, ele casou e eu também e o código de ética prevaleceu. Ainda somos amigos, continuamos a rotina de ligações a cada 15 dias, mas agora, só pra saber se o outro está bem, pois ele mora em outra cidade e não nos vemos mais.
Sobraram o carinho e as boas experiências.

Colaboradora: Jaqueline Soares Mello - Publicitária

Um comentário:

  1. Tânia Luiza - Recife4 de julho de 2010 às 17:39

    Um toy boy faz toda diferença, mas cansa, tem hora que usar e ser usada abusa. Aproveitem enquanto tá legal.

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