É verdade que sempre gostei muito de sexo, mas nunca me senti completamente confiante numa relação sexual, sempre tive dificuldade de me entregar por inteira e curtir, em algumas vezes até desejei que acabasse logo, pois estava muito chato.
Também nunca me achei atraente e sempre me disseram que homem gosta é de mulher nua, não importa como elas são, se eles tiverem a fim de fazer sexo, qualquer uma serve.
Parece muito cruel conviver com algo tão superficial e isso só contribuía para que eu não gostasse muito de mim e achava milhões de defeitos. Isso não é de hoje, desde muito pequena, principalmente na adolescência, a falta de alto-estima me perseguia.
Por outro lado, acabava me travando nas relações, sentindo medo de colocar meus desejos para fora e de ser considerada uma qualquer. Também justifico minha falta de confiança devido às experiências passadas, onde os parceiros se satisfaziam numa relação pouco afetiva e sem romantismo.
A coisa começou a mudar quando li em algum lugar que a confiança sexual vem com a maturidade e que isso ocorre entre os 35 e 40 anos, claro que há mulheres que desenvolvem essa maturidade bem antes, mas quem escreveu isso tava se referindo a mulheres como eu. Hoje me encontro nesta faixa de idade e tenho aprendido que a confiança vem da prática do sexo, é como andar de bicicleta, quanto mais se anda mais ficamos craques e confiantes. É a mesma teoria, a confiança vem do nosso aprendizado sobre o assunto e sobre nós mesmas.
Hoje me valorizo mais, me cuido mais, me permito dizer não e me sinto mais leve e entregue nas relações.
Descobri também que a segurança no sexo não começa na cama e sim, no dia-a-dia, quando nos vestimos pra ficar em casa ou pra sair, nós precisamos praticar o sexo em todas suas nuances, na forma de falar com as pessoas, na forma de vestir, na forma de andar, o ato sexual é a concretização de todo um conjunto comportamental.
Espero que nossas filhas possam aprender mais rapidamente a serem confiantes em si mesmas, e aproveitem melhor os sabores da vida.
Adorei descobrir tudo isso e espero que vocês gostem de se descobrir também.
Por: Virgínia Sândalos.
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