Quando andamos pelas ruas da cidade do Recife, encontramos vários policiais cuidando da segurança dos cidadãos. Muitos desses militares são mulheres. Isso é muito comum, não há nada de estranho em uma mulher integrar a Polícia Militar de Pernambuco.
Mas isso nem sempre foi assim.
Mas isso nem sempre foi assim.
Tudo começou em 1986 quando cinco mulheres foram aprovadas no concurso da Polícia Militar.
Elas foram as primeiras mulheres do Estado a ingressar na corporação.
Entre elas havia uma jovem chamada Maria José de 18 anos. Era seu primeiro concurso. Maria José, no primeiro momento se encantou pelo fardamento, mas depois veio o desafio de exercer uma profissão que era masculina. Tudo isso trazia uma novidade intensa para sua vida: “No começo da carreira havia uma super-proteção de um lado e a discriminação do outro. Porque diziam que as mulheres não eram capazes de exercer as funções e nem de fazer as atividades de resistência. As mulheres foram se superando e as atividades consideradas masculinas, nós “batíamos o pé” e fazíamos do mesmo jeito que os homens”.
Os anos foram passando e hoje Maria José assumi o posto de Major. Mas para chegar até esse posto, ela trabalhou e lutou muito. Junto com outras mulheres desenvolveu um projeto que mudaria a história da policia pernambucana: “Batalhei para unificar o quadro dos policiais masculinos e femininos. Não aceitava que a mulher não pudesse ser Coronel, só podendo chegar a Tenente-Coronel.”. Coronel é o maior posto dentro da Polícia Militar.
Por causa dessa iniciativa, sofreram retaliações. Muitas foram destinadas a trabalhar no interior do estado. A intenção era dificultar a caminhada feminina dentro da corporação. Mas elas não se abateram. A luta continuou e em 2000 conseguiram unificar os quadros dentro da instituição.
Agora não só pode como já existem duas mulheres coronéis no estado de Pernambuco: “Estamos em situação de igualdade com o masculino. Somos na verdade o sexo forte, não o frágil.”.
Mas cara leitora, não se engane. Mesmo trabalhando em um ambiente masculinizado e usando um fardamento não muito feminino, a Major Maria José é mulher igual a nós. Mesmo nesse ambiente ela garante: “Não saio sem o batom. Só fico sem batom se não dê tempo de colocar.”.
Colaboradora: Franci Lopes e a Major Maria José.
Colaboradora: Franci Lopes e a Major Maria José.
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